CONVICÇÃO versus SENSIBILIDADE

A INSTABILIDADE é uma característica marcante no ser humano. Instabilidade também é um termo muito usado em meteorologia, são chamadas linhas de instabilidade as zonas de baixa pressão, onde ocorrem fortes chuvas rápidas, os furacões são regiões de grande instabilidade. As linhas de instabilidades dependem muito do nível de aquecimento do solo e da temperatura existente no ar. Em português claro, linhas de instabilidade dependem exclusivamente de fatores externos.

Deixando a meteorologia de lado e mergulhando no mundo corporativo, nos deparamos com um sem número de indivíduos que funcionam como linhas de pura instabilidade, o humor e o temperamento de tais indivíduos dependem exclusivamente de fatores externos. São influenciados emocionalmente pelos acontecimentos diários. Quando ouvem o discurso do presidente ficam motivados, mas quando vêem o noticiário falando de calamidades e baixas econômicas ficam deprimidos.

A bem da verdade ninguém é todo dia uma linha reta, não somos iguais todo dia – alegres, felizes etc. Se hoje estamos eufóricos amanhã por algum motivo poderemos estar deprimidos, nossa sensibilidade pode sim, ser afetada pelos acontecimentos, o problema começa quando única e exclusivamente somos afetados por acontecimentos externos. Precisamos ter objetivos claros e bem definidos, para não sermos totalmente influenciados, temos que acreditar em algo. Colocar o coração e a mente em alguma coisa que julgamos ser superior, faz com que flutuemos menos na linha da sensibilidade. Funciona como uma mira, você precisa ter um foco. É lá que eu quero chegar!

O Prof. Luiz Marins em seu livro, “O poder do entusiasmo e A força da paixão”, classifica duas grandes linhas que regem o ser humano. Ele as chama de linha da sensibilidade e linha da convicção. Ele diz que a linha da sensibilidade é sinuosa, cheia de altos e baixos, pessoas que se deixam reger por essa linha ora estão eufóricas ora estão na fossa. A linha da convicção é uma linha reta, é essa linha que dá equilíbrio ao nosso comportamento. “É preciso dominar a oscilação da linha da sensibilidade. É a nossa firmeza, é a nossa segurança, é a nossa convicção que equilibrará a nossa linha da sensibilidade”, diz o Prof. Marins.

Deve haver equilíbrio entre essas duas linhas, assim como em todas nossas esferas de ação. A linha da convicção assume uma forma totalmente oposta à linha da sensibilidade, pois a linha da convicção é uma linha reta, em contrapartida a linha da sensibilidade é uma linha sinuosa, como ondas com autos e baixos. A convicção deve ser mais forte, pois ela é responsável para nos guiar ao nosso alvo, a nossa meta.

O Prof. Luiz Marins afirma, que a nossa convicção é o elemento que nos dará o equilíbrio, que quando estivermos eufóricos demais nos fará “descer à realidade” e caminhar. Quando estivermos deprimidos, nos fará “subir à realidade” e, novamente, caminhar.
Pessoas que são guiadas pela linha da sensibilidade são como um barco a deriva no mar. Estão totalmente sujeitos aos fatores externos, como o vento e as ondas. Se o mar está agitado, ele sofre com o sobe e desce das ondas e vai onde o vento os levar. Se predominar a bonança, não saem do lugar.

A convicção por sua vez funciona como o motor desse barco, impulsionando para frente, independente se o mar está agitado ou calmo, a convicção nos leva sempre adiante. Rumo ao próximo nível.
Uma ótima semana a todos.

Kedson Ângelo Pereira - Coordenador de Projetos na Action Pesquisas de Mercado

Artigo publicado no Jornal do Commercio em 26 de janeiro de 2010.

SIM, EXISTE RECEITA PARA O SUCESSO!

Quem não quer ser uma pessoa de sucesso? O problema na maioria das pessoas que quer ter sucesso não é que não sejam capazes de alcançá-lo. O grande erro está na interpretação que fazemos do sucesso. Maltbie D. Babcock disse: “um dos erros mais comuns e um dos mais graves, é pensar que o sucesso se deve a alguma genialidade, a alguma mágica ou a alguma outra coisa que não possuímos”.

O que é sucesso? Como consegui-lo? A maioria das pessoas tem uma idéia distorcida do que significa ser uma pessoa bem sucedida. Às vezes erramos em definir o sucesso, achamos que só teremos sucesso se possuirmos a fortuna de Bill Gates, a inteligência de Albert Einstein, a mesmo a maestria empresarial de Silvio Santos, ou a criatividade de Walt Disney.

O sucesso pode ser algo platônico. Qualquer um pode ser um verdadeiro sucesso se souber usar os ingredientes certos nas doses corretas, acreditando que PODE com determinação, dedicação àquilo que deseja. As limitações muitas vezes são impostas por nós mesmos, por receio de errar, e “isolamos” a possibilidade de acertar ignorando nossa capacidade de gerar alternativas para eliminar obstáculos.

Max Gehringer diz que existe uma receita certa para o sucesso. Cada um de nos possui os ingredientes básicos para cozinhar um sucesso de dar água na boca dos outros. Se olharmos pra pessoas que julgamos serem bem sucedidas veremos que não possuem nenhum ingrediente mágico ou sobrenatural. Por incrível que pareça o segredo não esta nos ingredientes, mas no modo do preparo.

Todos nós temos os ingredientes necessários, basta olhar pra dentro de si, e verá que lá existe a ousadia, a perseverança, a liderança, a criatividade, a ética, o espírito de equipe e mais um monte de ingredientes que entram na formula do sucesso.

Não é preciso entender muito de culinária pra saber que para se fazer um bolo não basta jogar todos os ingredientes dentro de uma panela, em doses iguais e ao mesmo tempo. É preciso haver uma seqüência e uma proporção para adicionar cada um de nossos ingredientes. Devemos aprender a identificar o momento oportuno para o uso de cada ingrediente que possuímos para lograr êxito em nossas empreitadas diárias.

O sucesso se dá pelo diferencial, pela forma única que cada um conduz suas atividades, a seleção das prioridades, a definição clara dos objetivos a serem alcançados. Possuímos em quantidades diferentes os ingredientes necessários para produzirmos o nosso próprio sucesso.

Entre erros e acertos então, assim como quem aprende a preparar uma refeição, chegamos a um ponto ideal de organização, de atitudes, adquirimos maturidade para encarar os desafios.

Forte abraço!!

p/s: escreví esse artigo na madrugada de 4 de dezembro de 2009 e foi publicado no Jornal do Comércio dia 08 de dezembro de 2009.

O EQUILIBRIO DA PRODUTIVIDADE E SUA CAPACIDADE GERANDO EFICÁCIA Jornal: Jornal do Commércio | Data: 2009-12-01

O que fazer para ser uma pessoa altamente eficaz? Existe uma receita para alcançar o sucesso pleno?Que modelo devo seguir, quais passos devo dar para ir ao encontro da felicidade e estabilidade na vida?

Essas são questões fundamentais que palpitam no mais íntimo do coração de milhares de pessoas ao redor do globo. Não importa se está na África do Sul, na República Dominicana, na China ou no Canadá, de leste a oeste, de norte a sul, essas indagações sempre motivaram o homem, há centenas de gerações, a procurar as respostas certas. O ser humano sempre buscou viver melhor e com qualidade de vida.

Acredito que você conhece algumas pessoas que julga terem encontrado a resposta ou mesmo o “segredo” do sucesso. Se buscar em seu círculo de amizade mais próximo encontrará duas ou até três pessoas que vivem como se conhecessem o caminho da prosperidade. Você deve ter um tio, um amigo que parece ter nascido “virado pra lua”, naturalmente, parecem ter mais sorte que a maioria.

Por mais que alcancem o sucesso, as pessoas não se sentem completas e buscam insistentemente mais coerência na vida social, pessoal e familiar e por relacionamentos mais satisfatórios com seus semelhantes. Esses são problemas sérios, e não podem ser resolvidos de forma rápida ou imediata. Para resolvê-los é necessário incorporar alguns princípios, que levam a uma mudança no caráter, não na personalidade como pregam muitos dos palestrantes, livros e artigos de auto-ajuda, psicologia e auto-estímulo.

Em recente pesquisa descobri um princípio muito interessante que apresentou resultados e demonstrou ser muito eficaz. É o Princípio do Equilíbrio P/CP.

O dicionário define Equilíbrio como: estado de corpos que atuam com forças iguais; igualdade entre duas forças; harmonia, proporção.

Para ilustrar vamos recordar a conhecida fábula da galinha dos ovos de ouro. “A fábula conta a história de um pobre fazendeiro que um dia descobre no ninho se sua galinha preferida um reluzente ovo de ouro. No início, ele desconfia de algum tipo de brincadeira. Mas, no momento em que vai jogar o ovo fora, pensa melhor e o leva para ser avaliado.
O ovo era de ouro maciço! O fazendeiro não consegue acreditar em sua sorte. Fica ainda mais surpreso quando, no dia seguinte, o fenômeno se repete. Dia após dia, ele se levanta e corre ao galinheiro para apanhar mais um ovo de ouro.

Ele acaba ficando imensamente rico, e mal podia acreditar em tanta sorte.
Junto com a fortuna, porém, vieram à cobiça e impaciência. Incapaz de poder esperar pelo ovo de ouro de cada dia, o fazendeiro decide matar a galinha e pegar todos os ovos de uma só uma vez. Mas, quando abre a ave, descobre que não havia nada dentro dela. Nenhum ovo de ouro. E agora não havia mais meios de consegui-los. O fazendeiro destruiu a galinha que os produzia”. (Covey, 2007).

Nessa fábula temos a definição básica de eficácia. A maioria das pessoas enxerga a eficácia a partir do paradigma dos ovos de ouro: quanto mais a pessoa produz, quanto mais faz, mais eficaz a pessoa é.

Mas como podemos ver na história, a eficácia resulta de duas coisas: o produto (- P -ou seja, os ovos de ouro) e o meio de produção ou a capacidade de produzir (- CP -a galinha).

Se você adotar um modo de vida focalizado nos ovos de ouro, negligenciando a galinha, em pouco tempo perderá a fonte dos ovos de ouro. Por outro lado, se cuidar apenas da galinha, sem dar importância aos ovos, logo não terá mais meios de alimentar a galinha ou a si próprio.
A eficácia consiste no EQUILÍBRIO P/CP.

P representa a Produção dos resultados desejados, os ovos de ouro.
CP indica a Capacidade de Produção, a habilidade ou bem que produz os ovos de ouro.
Em nossa constante busca por resultados esquecemo-nos de alimentar a galinha, alguns nem mesmo ligam para a produção da galinha, mas, na verdade, devemos buscar o equilíbrio.
Seja qual for a área de sua vida, pessoal, social, profissional ou familiar, ou mesmo em qualquer das esferas física, mental e espiritual. Não esqueça, pratique o equilíbrio entre a produção e a capacidade de produzi-los.

Uma ótima semana à todos!

Artigo meu publicado no Jornal do Comercio em 1º de dezembro de 2009