terça-feira, 13 de janeiro de 2009

TRANSPARÊNCIA

Muita gente ao redor,
Não as conheço.
Não sou conhecido.
Posso ver a todos,
Será que me veem?
Vejo seus rostos, sua feição.
Mas não as vejo como de fato são.

Creio também não ser visto como de fato sou.
Vê-los por fora não representa muito,
Quando o oculto é que esconde a essência.

Nunca é fácil chegar ao fundo, ao âmago.
Existem bloqueios.
Muros que impedem a visão de fora.
Confesso também ser assim.

Mas nos esquecemos que o mesmo muro que impede a visão de fora,
É o mesmo muro que impede o sol de nos aquecer a alma.
É o mesmo muro que deixa úmido o carárter.
São esses muros muros que obscurecem a vida por dentro.

Não ter muros não significa fragilidade.
Pois forte é aquele que deixa transparecer quem realmente é.
Quero deixar o sol entrar,
Quero aquecer a minha alma.
Quero ser mais forte,
Mesmo que pra isso tenha que ser TRANSPARENTE!!

Entardecer do dia 12 de janeiro de 2009, no Largo do São Sebastião, sentado ao pé do monumento em frente ao Teatro Amazonas.

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