quarta-feira, 19 de maio de 2010

RESOLVENDO PROBLEMAS DE FORMA CRIATIVA


Marcos é analista e precisa entregar um relatório na final tarde. Tereza é diarista, mãe de família, precisa cuidar dos filhos e pagar as contas. Jorge trabalha em uma fábrica, e teme perder o emprego em meio a uma onda de demissões. Eles são pessoas comuns e que enfrentam problemas diferentes.


Assim como eles, ricos e pobres, intelectuais ou iletrados todos nós passamos por problemas. Dos mais simples àqueles de tirar o sono. Todos temos problemas e eles existem para serem resolvidos. Fugir dos problemas não é uma atitude sábia.


Já que precisamos resolver os nossos problemas porque não o fazemos de forma criativa? Você tem sido criativo nas soluções dos seus problemas?


O escritor e palestrante Gilclér Regina conta uma história muito apropriada para ilustrar como resolver problemas de forma criativa. Essa é uma história clássica, verdadeira, que percorreu os ambientes de marketing e recursos humanos no mundo corporativo. Aconteceu há 15 anos com uma multinacional que fica no interior de São Paulo e que fabrica desde sucos a sabonetes, xampus, pasta de dentes alguns outros produtos.


Na divisão de pasta de dentes eles estavam com um grande problema. Na esteira final de aço para embalamento dos produtos, vinham caixinhas de pasta de dente e de vez em quando passava uma vazia, sem o tubo dentro. E era embalada. Isso gerava muita reclamação dos clientes como farmácias, supermercados e consumidores que se sentiam lesados.


O que os administradores da fabrica fizeram? Contrataram dois engenheiros que trabalharam 3 meses, gastaram o equivalente a 8 milhões de reais e tiveram uma solução estupenda. Colocaram um computador, com um software de controle conectado a uma esteira e esta interligada a uma balança ultra-sensível. Quando passava uma caixinha vazia acusava a diferença de peso, e parava o sistema, travava a esteira, um braço hidráulico vinha e... “puf” retirava.


Essa é uma historia real e conhecida, mas vale à pena relembrar. Um mês, dois meses, três meses se passaram. Perfeito, zero rejeição. Os clientes e consumidores satisfeitos.


Em um dado momento foram checar os relatórios, e perceberam que faziam dois meses que estava tudo desligado, e os resultados continuaram positivos. Chamaram supervisores, gerentes, chefes. O que aconteceu? Ninguém sabia nada.


Chegaram aos operários e perguntaram: “o que aconteceu?”. E eles disseram: - Ah! Agente desligou isso. – Como desligaram, retrucaram. – Ah! Isso dava um trabalho danado, parava a produção, toda hora a esteira travava, vinha um bracinho e “puf” tirava. Então? Como está funcionando? E como não temos nenhuma rejeição? E eles responderam: - Ah! Fizemos do nosso jeito. Como? Abismados os membros da diretoria perguntaram.


E eles responderam: - Ah! Nós fizemos uma “vaquinha” e compramos um ventilador daqueles de boléia de caminhão e pagamos cem reais. Pusemos ele aqui do lado da esteira e quando passa uma caixinha vazia... “puf”. A caixinha cai, não trava a esteira e não perdemos tempo. Atenção! Dois engenheiros especialistas contratados, três meses de trabalho, 8 milhões de reais investidos... Uma solução! Mas não a melhor saída. Não a solução mais criativa.


A idéia é mostrar que soluções simples podem sim resolver problemas complexos. Procure desenvolver sua criatividade, ver as coisas com outros olhos e a sua vida se tornará mais criativa e feliz.
Uma ótima semana a todos.


Kedson Ângelo Pereira.
Coordenador de Projetos


Publicado no Jornal do Commercio 19/05/2010.

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