quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

CONVICÇÃO versus SENSIBILIDADE




A INSTABILIDADE é uma característica marcante no ser humano. Instabilidade também é um termo muito usado em meteorologia, são chamadas linhas de instabilidade as zonas de baixa pressão, onde ocorrem fortes chuvas rápidas, os furacões são regiões de grande instabilidade. As linhas de instabilidades dependem muito do nível de aquecimento do solo e da temperatura existente no ar. Em português claro, linhas de instabilidade dependem exclusivamente de fatores externos.

Deixando a meteorologia de lado e mergulhando no mundo corporativo, nos deparamos com um sem número de indivíduos que funcionam como linhas de pura instabilidade, o humor e o temperamento de tais indivíduos dependem exclusivamente de fatores externos. São influenciados emocionalmente pelos acontecimentos diários. Quando ouvem o discurso do presidente ficam motivados, mas quando vêem o noticiário falando de calamidades e baixas econômicas ficam deprimidos.

A bem da verdade ninguém é todo dia uma linha reta, não somos iguais todo dia – alegres, felizes etc. Se hoje estamos eufóricos amanhã por algum motivo poderemos estar deprimidos, nossa sensibilidade pode sim, ser afetada pelos acontecimentos, o problema começa quando única e exclusivamente somos afetados por acontecimentos externos. Precisamos ter objetivos claros e bem definidos, para não sermos totalmente influenciados, temos que acreditar em algo. Colocar o coração e a mente em alguma coisa que julgamos ser superior, faz com que flutuemos menos na linha da sensibilidade. Funciona como uma mira, você precisa ter um foco. É lá que eu quero chegar!

O Prof. Luiz Marins em seu livro, “O poder do entusiasmo e A força da paixão”, classifica duas grandes linhas que regem o ser humano. Ele as chama de linha da sensibilidade e linha da convicção. Ele diz que a linha da sensibilidade é sinuosa, cheia de altos e baixos, pessoas que se deixam reger por essa linha ora estão eufóricas ora estão na fossa. A linha da convicção é uma linha reta, é essa linha que dá equilíbrio ao nosso comportamento. “É preciso dominar a oscilação da linha da sensibilidade. É a nossa firmeza, é a nossa segurança, é a nossa convicção que equilibrará a nossa linha da sensibilidade”, diz o Prof. Marins.

Deve haver equilíbrio entre essas duas linhas, assim como em todas nossas esferas de ação. A linha da convicção assume uma forma totalmente oposta à linha da sensibilidade, pois a linha da convicção é uma linha reta, em contrapartida a linha da sensibilidade é uma linha sinuosa, como ondas com autos e baixos. A convicção deve ser mais forte, pois ela é responsável para nos guiar ao nosso alvo, a nossa meta.

O Prof. Luiz Marins afirma, que a nossa convicção é o elemento que nos dará o equilíbrio, que quando estivermos eufóricos demais nos fará “descer à realidade” e caminhar. Quando estivermos deprimidos, nos fará “subir à realidade” e, novamente, caminhar.
Pessoas que são guiadas pela linha da sensibilidade são como um barco a deriva no mar. Estão totalmente sujeitos aos fatores externos, como o vento e as ondas. Se o mar está agitado, ele sofre com o sobe e desce das ondas e vai onde o vento os levar. Se predominar a bonança, não saem do lugar.

A convicção por sua vez funciona como o motor desse barco, impulsionando para frente, independente se o mar está agitado ou calmo, a convicção nos leva sempre adiante. Rumo ao próximo nível.
Uma ótima semana a todos.

Kedson Ângelo Pereira - Coordenador de Projetos na Action Pesquisas de Mercado
Artigo publicado no Jornal do Commercio em 26 de janeiro de 2010.

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